Dia 26 de novembro de 2014...o dia em que um avião cairia na Paulista, mas não cairá mais!!! Por quê???

Meu nível de stress foi tão grande hoje que eu acho que é por isso que, no final do dia, eu também estava acreditando no Juscelino, o Nóbrega da Luz, aquele que previu, em 2005, que um avião da TAM, saindo de São Paulo com destino a Brasília, cairia amanhã, dia 26 de novembro, por volta das 9h, em um prédio famoso na Al. Campinas. Lá, bem pertinho do Citi.

Fiquei estupefata com o meu pensamento encardido...mas o tive, fazer o que? Pensei eu...”se todos estão acreditando nesse vidente, porque não tirar vantagem do assunto e dormir um pouco mais amanhã de manhã?”

Que loucura de meditação, não?

Pois bem, vim para a minha casa, tarde da noite, dirigindo na chuva, pensando na minha possível manhã mais longa na cama. No entanto, tudo foi por água abaixo agora há pouco. A porra do vidente recuou da visão. Não vai mais acontecer nada porque a TAM mudou o número do voo de última hora.

Que merda é essa?

Quer dizer que a vidência não tem a ver com o avião em si, mas sim com o número do voo?

“Que adivinhação mais fajuta, Juscelino. Pelo amor de santo Deus.”

E se o número do voo do avião que cairia amanhã for dado a um outro voo, em um dia qualquer, daqui a alguns dias, meses, anos, ele vai cair?

São tantas possibilidades.

Mas valeu, Sr. da Luz. Pelo menos o Sr. me ajudou a voltar a escrever e a fazer as minhas deliciosas reflexões.

Por que será que essa história causou uma comoção nacional? Não é, no mínimo, curioso?

A história é surreal, mas muita, muita gente, muita mesmo acreditou e, deliberadamente, decidiu não ir trabalhar amanhã na região da Paulista.

O que faz essas pessoas, até muito esclarecidas, simplesmente crerem que alguém pode desenvolver tanto sua clarividência a ponto de ter a convicção, e afirmar, de que um acidente desse porte irá acontecer de fato?

Será o simples medo de morrer ou tem mais coisa por trás disso? Será que é a falta de informação sobre como tudo começou, sobre a origem da vida? Será dificuldade de dominar as próprias emoções? Será que é vontade de driblar o destino? O que está por trás dessa emoção incontrolável?

Eu passei o dia brincando com as pessoas que acreditam ou que não querem arriscar, mesmo sabendo que se sentem dessa forma. Mas, de verdade, o que me fez agir assim foi intrigação. Acho que queria buscar nelas as razões, o que está por trás de suas sensações.

Tudo que observamos são nossas criações mentais. Pois bem. A vidência é uma criação mental ou a crença na vidência o é?

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”

Chegaremos a conhecer a verdade? Por que os videntes seriam seres diferentes de nós? Por que conheceriam uma verdade que não conhecemos, nós, serem absolutamente normais? Estariam os videntes libertos? E por que eles e não nós? Não parece estranho?

Dizem que uma ilusão só pode nos controlar quando nós pensamos que ela é real. Interessante.

Então, acreditar em algo que um vidente diz é uma ilusão?

Mas por que deixaríamos uma ilusão nos controlar a ponto de acreditarmos no que um ser, tão iludido quanto nós, diz?

Essa equação não fecha para mim?

Lei do Carma. Para cada ação há de haver uma reação. É verdade, mas somente se acreditamos nisso. Se não acreditamos, então, não é verdade. Portanto, só temos carmas porque acreditamos nele.

Os videntes acreditam em suas ações e é por isso que ocorrem as reações. Eles geram carmas porque acreditam neles. Será?

E se rejeitarmos a ideia dos carmas, as realidades consensuais, as crenças, e criarmos as nossas próprias ideias? Nós nos transformaríamos? Não teríamos mais dúvida de que um avião não cairá amanhã, dia 26 de novembro de 2014?

Será que esses seres, que se dizem videntes, não são manipuladores, implementadores de crenças, que não se importam muito com o que acreditamos, contanto que acreditemos piamente no que disserem?

A crença cria polarização. É por meio das crenças que manifestamos nossa realidade.

Pois bem. Se o vidente implementa uma crença e nós manifestamos nossa realidade, que é o medo da morte, o medo do desconhecido, pronto, a queda do avião se torna a maior verdade do mundo.

Sei lá. Será que é por aí?

Não terminei a minha reflexão sobre o assunto. Ainda tem muito pano para chupar essa manga. 

Comentários

  1. Olá LÔ!
    Também passei o dia brincando com a previsão fajuta.
    Gostei mto do seu texto.
    bjs

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    Respostas
    1. Olá, Filipe (meu eterno Sapão)! Como você está? Saudades monstra. Dê notícias. Que bom que tenha gostado. São as minhas reflexões. Quando tenho um pouco de tempo, eu as escrevo. Pois é. Essa história foi muito louca. Mas há loucura em todos nós. O não conhecimento sobre a vida, sobre o nosso destino causa isso. A morte pertence à estrutura fundamentar do homem. Não tem como não temê-la. Muito interessante. Isso tudo me fascina demais. É isso. Quando puder, escreva-me falando de você, seus pais, irmãos, etc. Super beijo.



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