Foyer ou Voyeur?

Visualizem a primeira situação. Época do ano na empresa? Convenção! Uma correria para cuidar do evento, que será para mais de 650 pessoas. Equipe trabalhando na organização? Escassa, mínima! Ânimo da equipe envolvida na organização? Nem dá tempo para pensar em “ânimo”...simplesmente, eles têm que ter ou criar. Pedidos de última hora? 90%. Dentre esses pedidos de última hora, um respingou na minha equipe. Um simples pedido. A confecção de um banner. Depois, vieram outros, também não muito complexos, mas, sem dúvida, de última hora. De qualquer maneira, esse primeiro, de verdade, era de pouca ambição. Bom, parte, pequena, da minha equipe foi atrás do desenvolvimento do tal banner. Uma das pessoas passou o briefing, despretensioso, para a agência. O objetivo do “job” era o de que, se não me falha a memória, por meio do conteúdo do banner, auxiliássemos as 650 pessoas a retirarem algo ou se informarem sobre algo no FOYER do hotel da Convenção. Uma das definições encontradas, na internet, sobre FOYER? Área externa, local ideal para pequenas exposições, excelente para a realização de coquetéis, apresentações, coffee breaks, vernissages, além de outros eventos. E foi esse o briefing passado, pela minha equipe, para a agência. O briefing foi por e-mail, segundo me contaram. Minutos depois do recebimento do e-mail, lá na agência, ligaram, de lá, para quem havia encaminhado a mensagem a eles. Motivo da ligação? Afirmar, com bastante convicção, para quem tinha feito o briefing, que FOYER não era a palavra correta para ser colocada no material. A palavra correta, segundo a pessoa do outro lado da linha, era VOYEUR. Uma das definições encontradas, na internet, sobre VOYEUR? Homem que obtém gratificação sexual, presenciando atos sexuais ou vendo as partes íntimas de outrem, à distancia e de forma secreta. Reação da minha equipe? Até questionaram e acharam estranho, mas acreditaram que a pessoa da agência estava com a razão. Mandaram fazer a troca da palavra. Um pouco mais adiante, não sei se no mesmo dia, uma terceira pessoa, lá da agência, que acompanhava o job, viu a arte final do material, antes de encaminhá-lo à minha área, e se deu conta de que aquele simples banner poderia causar um alvoroço entre os participantes. Visualizem a segunda, e possível última, situação da minha pessoa na empresa. Ninguém se dá conta do disparato. O banner segue para o evento e é colocado, em local estratégico, para que as pessoas sejam informadas sobre algo importante. Os participantes, ao lerem a mensagem, percebem que precisarão retirar ou conversar, sobre alguma coisa, com um VOYEUR, que, estranhamente, estaria participando da Convenção de 2012. Já pensaram? Uns não entenderiam nada, pois não saberiam o significado da palavra, outros ririam, outros ficariam animados, outros fingiriam que não ficaram animados, teriam aqueles que quereriam ser o VOYEUR contratado, mas disfarçariam...enfim, as reações seriam as mais diversas possíveis, impensáveis. Porém, uma reação, e com muita convicção afirmo isso, seria definitiva. A minha saída, involuntária, da organização...e de mais meia dúzia...já que para o banner chegar onde chegou, teria passado por um bando de gente, sem que ninguém tivesse se dado conta da maluquice. Conclusão? Ainda bem que alguém notou a maluqueira, logo no começo, e a história não foi adiante...mas confesso que, se estivesse fora do contexto, queria ficar sentada, ao lado do banner do VOYEUR, vendo e, sem dúvida, divertindo-me com a reação de cada um dos 650 participantes. No mínimo, se o público não fosse casto e entrasse na onda, essa seria a Convenção cujas ações de “entretenimento” planejadas entrariam para o Guinness.

Comentários

  1. A sua equipe eh o seu espelho! Eu ja estou igual ou pior q vc e as minhas menina ja estao ficando igual a nos! Kk
    Ja pensou sermos demitidas por causa de voyeurismo???

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