Que venha 2013...urgentemente!!!
Tem tanta coisa acontecendo
nesse final de ano que nem tenho conseguido parar para escrever no Blog.
Será que tanta gente boa se foi porque estamos em 2012, nesse ano bissexto, que teve início num domingo?
Que ano intenso tive eu. Não vejo a hora de que 2012, finalmente, chegue
ao fim. Mas não somente pelo meu cansaço físico e mental, é claro, mesmo
porque, no dia 1º de janeiro de 2013, provavelmente, continuarei nesse mesmo
estado. O meu desejo tem a ver com o meu desprazer de ter vivido esse ano. Se
há um ano que, para mim, podia não ter existido esse ano é 2012.
Não tenho muitas superstições, mas também não as ignoro. Tenho certas
crenças sobre algumas relações de causa e efeito. Sob essa ótica, a meu ver,
essa foi uma temporada que afetou, de maneira transcendental, a vida de muita
gente.
Parte 1 – Prevendo o futuro
No último sábado, dia 22, quando cheguei da festa de aniversário da
minha filha, a revista Veja já estava na porta de casa. Seu título?
Retrospectiva 2012. Na página 188, onde a revisão sobre "Gente"
começava, dei de cara com os seguintes dizeres: O ANO DA PESTE. É isso mesmo,
que ano pernicioso.
Lembro-me , logo em janeiro, quando uma querida amiga minha me alertou
sobre o que estaria por vir. Ela me alertou para que eu me preparasse, pois
2012 não seria nada fácil. Segundo ela, esse seria um ano cuja conjunção ruim
de astros traria uma energia de guerra, de lutas e doenças. Que ele seria um
período de muito esforço, que o mundo estaria ainda mais exposto à fúria da
natureza e que potências mundiais perderiam força. Ainda segundo ela, 2012
seria um ano de contínuas mudanças e que teríamos que nos tornar pessoas mais
flexíveis para que pudéssemos nos adaptar a elas. E para finalizar sua aparente
sábia fala ela disse que esse ano, forçosamente, ensinaria as pessoas a
efetuarem mudanças construtivas e a valorizarem aquilo que elas têm.
Efetuarmos mudanças construtivas e valorizarmos tudo aquilo que temos.
Se 2012 serviu para tudo isso, então, eu não deveria maldizê-lo tanto
assim. Mas se não efetuei nenhuma mudança construtiva ou valorizei tudo que
tenho até hoje, dia 25 de dezembro, é porque perdi o meu tempo com coisas menos
construtivas. Mas não vou me esquecer de começar 2013 já com esses propósitos.
Começando por perfazer uma mudança muito importante em minha mente...a de
apagar os últimos 366 dias dela...além de tudo, o ano foi bissexto.
Teria todo esse meu desprezo por 2012 a ver com uma das sete profecias
dos Maias, que previram que, no dia 21 de dezembro desse ano, o mundo, que hoje
conhecemos, passaria por grandes mudanças em todos os sentidos?
Pode até ser, por que não?
2012, de jure, não foi nada elementar. Sem que me esforce, tenho certeza
de que consigo elencar alguns poucos episódios que evidenciarão a sua tosquice.
Parte 2 – A calamidade
Começando de trás pra frente, vamos ao massacre, do último dia 14, na
escola primária Sandy Hook, em Newtown, Connecticut. Eu mal consigo ler as
notícias sobre esse assunto. Vi uma série de fotos de crianças que morreram e
só consegui pensar que uma delas poderia ter sido a minha filha. Que Natal
estão tendo essas famílias?
O que leva um moleque, de apenas 20 anos, a matar sua mãe, depois mais
26 pessoas, sendo que 20 delas entre 5 e 10 anos, e depois cometer suicídio?
Depressão? A doença do sempre e não do século. Acesso fácil a armas de fogo?
Falta do que fazer? Excesso do que fazer? Falta de amor? Excesso de zelo?
Excentricidade? Falta de psicanálise? Um mau terapeuta em sua vida?
Quem foi que deu a um ser humano o direito de tirar a vida de outro ser
humano? Onde está escrito isso? Não pode ter sido Deus o atestador de tal
anomalia. Pode?
E como criticar aqueles que não acreditam na existência dele? O Nando
Reis, por exemplo, que afirmou ter perdido sua fé quando dois irmãos tiveram
sequelas de uma meningite. John Malkovich, que diz acreditar em pessoas, mas
não em algo sobre o qual não tem absolutamente nenhuma evidência há milênios.
Esse, pelo menos, acredita em seres humanos, eu tenho dúvidas sobre se ainda
acredito ou não. E o Lima Duarte, que é um ateu declarado? Ele discorda da
implicância do José Saramago com Deus, que diz o amar pelo avesso, mas é ateu
tanto quanto ele.
Enfim, nem sei se há graus de ateísmo. Acho que não. Ou você acredita ou
não acredita. Acreditar numa força maior. Que força maior é essa? Essa força
maior pode ser o criador, o Senhor do universo? Se sim, então, ela é Deus, não?
Mas Deus permitiria um massacre como o de Sandy Hook? Deus permite o
nascimento de seres humanos insuportavelmente prepotentes, que se acham no
direito de matar outros seres humanos, também criados por ele?
A morte, deliberada, de crianças inocentes e o dilaceramento de
famílias, que, muito pouco provavelmente, irão se recuperar é coisa de Deus?
Cada mãe e cada pai dessas crianças morrerão com elas, e da pior forma
possível, um pouco a cada dia, de saudades, por causa das suas consciências que
não lhes foram tiradas e que farão com que se lembrem, todos os instantes, de
que não mais verão seus filhos queridos. Esse moleque não matou apenas 26
pessoas, mas todos os seus familiares também.
Será que o massacra de Sandy Hook aconteceu só porque estamos em 2012,
nesse ano bissexto, que teve início num domingo?
Parte 3 – A enfermidade
Há pouquíssimos meses, logo que voltei das férias com a minha família,
soube que uma querida amiga minha estava fazendo alguns exames, pois tinha
sentido um nódulo em seu seio direito. Tomei um susto, pois, até então, eu não
sabia de nada. Alguns dias depois, ouvi, dela mesma, logo que recebeu a
confirmação bombástica, que aquele nódulo se tratava de um câncer de mama
maligno.
Uma outra amiga minha, querida e amada, tinha acabado de sair de uma
dessas. Não era possível que a Alê tivesse que passar pelo que a Sol tinha
passado. Aquilo seria inconcebível.
Foi um choque. O meu mundo caiu. Imagino como o dela não deva ter
despencado. No mesmo dia, depois de nos falarmos pelo telefone e de termos
chorado um monte, combinamos de nos encontrar na Kopenhagen da Vila Mascote.
Cheguei lá e me sentei em uma mesinha na varanda. Fiquei ali por alguns
minutos, pensando naquela história maluca, que tinha acabado de vir a tona,
quando me dei conta de que ela ainda não tinha chegado. Liguei em seu celular
umas vinte vezes, sem brincadeira.
Sem que ela me atendesse, comecei a ficar preocupada, nervosa, pensando
no pior. Como havia pedido uma água, paguei por ela e saí correndo, pensando no
caminho que faria para encontrá-la. Não sei bem o que achei, mas não achei
coisa boa. Entrei no carro, liguei-o e, quando já estava dando ré no
estacionamento, quem apareceu? Ela, a Alessandra. "O que aconteceu, Alê?
Eu te liguei umas vinte vezes e você não me atendeu. Já estava achando que você
tinha feito alguma besteira." "Credo, Lô, eu não faria isso. Eu
estava falando com a minha mãe e não ouvi suas ligações." "Menos
pior, Alê. Ufa!!!"
Esse foi o nosso diálogo inicial, como se nada tivesse acontecendo com a
saúde dela, como se eu não estivesse sabendo de nada, tão pouco ela. Quando
paramos de "discutir", olhamos uma para a outra, abraçamos-nos e
começamos a chorar novamente, tudo outra vez. Quanto choro, meu Deus. Choramos
tudo que tínhamos para chorar e depois nos sentamos para tomar um capuccino,
cheio de chocolate, do jeito que ela tanto adora.
Era fato, ela estava, realmente, com câncer de mama. Teria que tirar
todo o seio, fazer quimioterapia e radioterapia, ficaria careca, inchada, cheia
de aftas, passaria mal e tudo mais que uma doença desse porte, dessa magnitude
pode causar a uma pessoa saudável.
Passaria por tudo que a Sol tinha acabado de passar. Inacreditável.
Fiquei muito triste com a notícia. Não só por ela, pela Alê, que eu
adoro tanto, mas também por saber que essas moléstias estão, cada vez mais,
acontecendo perto da gente, com amigos queridos.
Não que eu deseje que algo assim aconteça com alguém. Ninguém deveria
ter que passar por isso. Mas, de novo, é difícil acreditar que, em havendo um
Deus, ele permita que achaques como os cânceres atinjam pessoas do bem...ou
melhor dizendo...pessoas mais do bem do que outras. Afinal, todos somos, de
alguma forma, maliciosos, maldosos, mas uns são mais e outros são menos.
Mas enfim, com a notícia que tive, comecei a questionar e rever a minha
vida, o meu dia-a-dia, meu pouco tempo com a minha filha, o fato de, por
enquanto, deixá-la todos os dias e passar horas e mais horas fora de casa. O
fato de, no geral, em quase todos os âmbitos, ter que conviver com pessoas
invejosas, despeitadas, ardilosas, impostoras, problemáticas, que manifestam
suas agonias, opressões e desgostos, procurando transferir o fato de serem mal
resolvidas para aquelas que não têm medo de seguir o que querem para serem
felizes.
O sentimento que tenho por esses pobres seres humanos é "dó".
Eles semeiam a discórdia por não saberem como fazer para serem prósperos. A
preocupação deles com a vida dos outros é algo "comovente". São
histéricos, mas alegam que os outros é que são, são neuróticos e instáveis
emocionalmente, mas acreditam, piamente, que essas condições peculiares são
causadas, neles, pelos outros. Esses coitados são...coitados. E chega de gastar
tempo com eles.
E, ao continuar revendo a minha vida, também me dei conta de que convivo,
também em uma série de círculos, com um monte de seres humanos iluminados, que
devem, com toda certeza, ter alcançado alguma realização espiritual. É tão mais
leve estar perto desse grupo.
Todavia, os achaques têm atingido, muito mais, pessoas desse segundo
time.
Afinal, revi tudo isso. Não há controle emocional que impeça a nossa
mente de funcionar, sobretudo quando estamos passando por momentos inesperados.
Quando estamos sob o impacto de um comunicado ruim.
Pois bem, agora já se foram alguns meses desde a notícia sobre a Alê.
Quero muito que tudo acabe logo e que ela passe por essa provação da
melhor forma possível, assim como passou a minha querida amiga Sol.
A resignação da Alê, por algum motivo, está sendo colocada à prova. Mas
tenho a convicção de que ela já resolveu agir contra a situação, mesmo sem que,
no fundo, tenha aceitado sua nova, mas não definitiva condição. Ainda que esteja
passando por essa situação indesejável, da qual não pode escapar, ainda assim,
espontaneamente, escolheu conviver bem com ela. Que bom.
Será que a doença da Alê e os meus devaneios só aconteceram porque
estamos em 2012, nesse ano bissexto, que teve início num domingo?
Parte 4 – O ciclone tropical
E o furacão Sandy? Como nos esquecermos dele? Ele transformou Nova York
em uma cidade fantasma. Foi a primeira vez que uma tempestade provocou o
fechamento da bolsa de valores da cidade em mais de 25 anos.
O governador de Nova York, na ocasião, declarou estado de emergência e
pediu uma declaração de pré-catástrofe.
Será que o Sandy paralisou Nova York porque estamos em 2012, nesse ano
bissexto, que teve início num domingo?
Parte 5 – A vergonha nacional
Na página 95 da revista Veja dessa semana o título é o seguinte: A
Vitória do Bem. De fato, que brasileiro acreditaria que o julgamento do
mensalão terminaria com 25 condenados? Impensável há alguns meses, correto?
Correto.
Mas foi em 2003, quando o PT chegou ao poder, que essa lambança toda
começou. A ficha de Paulo Maluf na polícia internacional é fichinha perto
desses ladrões do dinheiro alheio. Uma vergonha, já diria Boris Casoy.
E não é que 55,57% dos votos válidos de São Paulo, principal centro
financeiro, corporativo e mercantil da América do Sul, foram para o Fernando
Haddad, que, independentemente do seu currículo, é um filiado do Partido dos
Trabalhadores. Isso, por si só, já deveria ser um impeditivo para qualquer
brasileiro, até o mais vagabundo, votar nesse indivíduo.
E o pior é que o PT levou mais sete prefeituras...isso tudo com o
processo do mensalão rolando, na TV, em todas as mídias sociais, rádios, etc.
Informação nunca faltou.
Como bem diz o meu marido: "o Brasil é um país de corruptos que
querem um governo honesto." Sabe quando teremos isso? Nunca.
Eu até podia perder um pouco mais de tempo escrevendo sobre política, sobre a Rosemary Noronha e seu amado Lula. Mas pra que se o resultado da eleição a Prefeito de São Paulo já falou por mim? O ser, dito humano e brasileiro, é muito burro, mas muito burro mesmo. Merece tudo que não tem.
Eu até podia perder um pouco mais de tempo escrevendo sobre política, sobre a Rosemary Noronha e seu amado Lula. Mas pra que se o resultado da eleição a Prefeito de São Paulo já falou por mim? O ser, dito humano e brasileiro, é muito burro, mas muito burro mesmo.
Será que o Haddad ganhou as eleições em São Paulo porque estamos em
2012, nesse ano bissexto, que teve início num domingo?
Parte 6 – Sortidos
Eu podia ficar dias escrevendo e elencando acontecimentos pitorescos
desse ano, que já está indo embora tarde.
Alguns últimos exemplos do que escreveria a mais.
Termos que ter deixado de conviver com o Crô, da novela Fina Estampa. Isso foi o "fim do mundo".
O final da Avenida Brasil e o entubado início da novela tosca da tosca da
Glória Perez.
A malfeita separação do Tom Cruise e da Katie Holmes.
O sucesso do PSY.
A morte do Niemeyer, que já estava fazendo hora extra, tá certo, mas era
um gênio. A morte do nosso querido Joelmir Beting, grande perda. A morte do Marcos
Paulo, coitado. E o Wando, como podemos ter perdido o Wando no auge dos seus
66 anos? As mortes da Donna Summer e da Whitney Houston. Que
lástima.
Será que tanta gente boa se foi porque estamos em 2012, nesse ano bissexto, que teve início num domingo?
Parte 7 – Considerações musicais
E o que poderia comentar eu sobre a música, chatíssima, Esse Cara Sou Eu,
do Roberto Carlos? Que música é essa, meu Pai, Senhor do
universo...que música mais chata é essa? Acho, mas ainda tenho
dúvidas, que ela só não é mais chata do que a canção da Maria Rita, Me Deixas
Louca, trilha da novela tosca da Glória Perez. Combina direitinho com o casal Zyah,
o homem das cavernas, e a Bianca, não?
Será que não param de tocar essas músicas chatas porque estamos em 2012, nesse
ano bissexto, que teve início num domingo?
Parte 8 – Fim do mundo
E o fim do mundo no dia 21 de dezembro de 2012?
Será que ele não acabou quando tinha que ter acabado porque estamos
em 2012, nesse ano bissexto, que teve início num domingo?
Que venha 2013...urgentemente!!!
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