Mensagem filhos - 70 anos Leo Ricino!

Ontem, dia 24 de junho, foi seu dia.

Nosso Leo, que nasceu no dia de São João, mas não é João, é Eleomar, fez 70 anos.

Ontem foi o dia do nosso querido pai, tão amado, companheiro de nossas vidas, vovoco do Lipe, da Lála e do Leo, dia dele, que sempre se virou do avesso por nós, sem reclamar.

Companheiro, há muitos anos, da nossa mãe, gigante professor, profundo conhecedor, mente brilhante, de quem nunca vai parar.

Amigão da Lilian e do Luiz, sogro que todos gostariam de ter, calmo, disponível, ser humano incrível, feito em uma forma que, certamente, foi jogada fora após seu nascimento.

Um coração imenso, sem rancor, sem angústias e sem dor.

Fazer uma homenagem ao nosso pai não é nada complicado. Para muitos, falar sobre suas emoções e sentimentos, ou simplesmente falar, ainda mais em frente a uma plateia, é algo impensável, difícil. Mas mesmo que também fosse complicado para nós, esse impacto seria dissipado. Falar do nosso querido pai é muito fácil.

Sem querer entrar no mérito de crenças, religiões, mas apenas fazendo uma reflexão espiritualista, tendemos a crer que escolhemos a família em que queríamos nascer, assim como a vida que queríamos ter.

Portanto, temos a convicção de que escolhemos ter o Leo como nosso pai. Precisávamos dele para nos tornarmos quem somos hoje, para sermos os pais que nos tornamos para a Laís, para o Felipe e para o Leo.

Seu espírito evoluído sempre nos deu muita liberdade de escolha. Ele é, e sempre foi, muito consciente, muito preparado para tomar decisões e participou ativamente da nossa preparação para a vida.

Pai, você é muito essencial para nós.

Ama-nos tanto, que somos capazes de nos superar.

Somos a imagem refletida da educação e do afeto que nos deu. Ensinou-nos valores, que, definitivamente, definiram os cidadãos que somos. Sua presença constante, amor e dedicação desenvolveram nossa capacidade humana, fizeram com que tivéssemos e tenhamos a consciência das nossas responsabilidades.

Bons pais conversam, pais brilhantes dialogam como amigos.

E entre conversar e dialogar há um grande vale. Conversar é falar sobre o mundo que nos cerca, dialogar é falar sobre o mundo que somos.

Você sempre dialogou com a gente, contou-nos experiências, deixou que nós o conhecêssemos, nutriu nossas personalidades, ensinou-nos a pensar e nos preparou para as derrotas e dificuldades da vida.

Foi por meio desse seu hábito de dialogar com a gente que desenvolvemos nossa solidariedade, companheirismo, prazer de viver e otimismo.

Foi durante os diálogos que ouviu nossas maiores alegrias e também decepções mais marcantes, foi com eles que construímos a relação saudável que temos hoje.

O seu diálogo com a gente, pai, foi insubstituível.

Nos resta, então, e apenas, agradecer.

Obrigado por ter nos dado a vida e nos ensinado a viver com dignidade.

Obrigado por sempre ter estado presente quando precisamos, seja para nos proteger ou para nos passar toda sua experiência de vida.

Obrigado por iluminar nossas vidas com afeto e dedicação, para que caminhássemos sem medo e sempre cheios de esperança.

Obrigado por sempre se doar para nós por inteiro, para que pudéssemos realizar nossos sonhos.

Obrigado, pai, por toda a ajuda que sempre nos deu e continua dando.

Para você, nosso pai querido, por natureza, por opção e por amor, não temos mais palavras para agradecer por tudo que fez e ainda faz por nós e pelas nossas famílias.

Em outras vidas, se ainda tivermos o direito de escolher, você será sempre o nosso pai, o mais amado deles.

Feliz aniversário.

São apenas 70 anos.

Pela frente, teremos muitas outras experiências em nossa jornada.

Amamos você até a lua...ida e volta.