Já ouviram falar em OSMOLOGIA?

Vamos à péLôla de hoje. No começo de 2007, quando eu ainda trabalhava na Alelo, tive uma reunião, muito louca, com uma pessoa, no mínimo, excêntrica. De duas, uma: ou o cara era estrambólico mesmo, esquisitíssimo, ou quis me sacanear, já que não foi atendido pelo CEO da empresa, mas por mim. Nunca fiquei em paz com essa história, pois acho que foi mesmo sacanagem, só pode ter sido. O presidente da Alelo, que aliás, até hoje, é o mesmo, pediu-me para receber aquele ser, que nos apresentaria uma proposta de alguma coisa. Perda de tempo, já que não iríamos fechar nada com ele, mas isso faz parte, acontece nas melhores empresas, não? Eu nem me lembro do teor da nossa conversa, pois fiquei aturdida logo de cara. Acho que demorei uns dez minutos para ir encontrá-lo na sala de reunião. Ele já tinha tomado um cafezinho. Nós nos apresentamos e fizemos um “shaking hands”, mão direita com mão direita. Trocamos cartões e começamos a conversar...aquele esquenta normal, o famoso “quebra gelo” do brasileiro. Depois de uns trinta minutos, ele, simplesmente, parou de falar sobre o que estava falando e me fez a seguinte pergunta: “Loraine, desculpe-me fazer essa pergunta, mas é que eu estou um pouco incomodado com uma coisa...você acha que estou com mau hálito? Você está sentindo algum mau odor vindo da minha boca?” Imaginem a minha cara? Não pude acreditar no que tinha acabado de ouvir. Fiquei atônita. O pior era o fato de ter que responder para o cara. Respirei fundo e fui: “Fulano, tá tudo bem.” E não me contive...mandei uma nele. “Não senti nada até agora. Mas por que está me perguntando isso, você tem halitose?” E continuei...”geralmente, Fulano, a pessoa que tem halitose se acostuma com o próprio hálito.” “Você sofre disso?” Tive que reagir, pois achei que o cara tivesse de brincadeira comigo. Ele parou de falar sobre o que está falando para me perguntar se eu estava sentindo um cheiro estranho vindo da sua boca? Não podia ser real. Mais um episódio irreal na minha vida. Ao mesmo tempo, pode ser que ele tenha achado que eu estava com mau hálito e quis me dar um toque. Sei lá. De qualquer maneira, seja lá qual fosse a questão, para garantir que nós iríamos nos suportar, pelo menos por mais alguns minutos, perguntei para ele se ele queria mais um cafezinho. Ele quis. Pedi logo dois. Comecei a achar que o mau hálito da história era o meu. Enquanto esperávamos o café chegar, ao invés de voltarmos ao assunto da reunião, que eu não sei mais qual era, ele insistiu em continuar falando sobre o assunto hálito. E aí, veio a pior parte. O cara me contou o seu truque para saber se está com bafo ou não. Disse ele que sempre usa esse mesmo truque antes de entrar em alguma reunião, para garantir que esteja tudo bem. Sabem qual é o truque? Imaginem vocês que ele fez a demonstração ali mesmo. O cara levou sua mão direita até sua boca e lambeu a sua pele, aquela parte que fica entre o fura bolo e o mata piolho, sabem? Ele lambeu e depois cheirou o que tinha lambido. Credo, que cena grotesca. Não devo ter conseguido não demonstrar a minha perplexidade. E eu disse...”nossa, é assim que você faz?” “É sim, Loraine? E é ótimo. O cheiro que você sente em sua mão é exatamente igual ao que você está exalando.” Depois disso tudo, eu só queria que o café chegasse, que ele parasse de falar sobre aquele assunto e que fosse embora. Porém, antes do café chegar, dei-me conta de uma coisa. Nós tínhamos feito o “shaking hands”, lembram-se? E o cara sempre lambia sua mão, e a cheirava, antes de entrar em qualquer reunião. Meu Deus...eu apertei a mão, previamente, lambida do infeliz. Não deu outra...simulei o recebimento de uma ligação no celular e pedi licença para sair da sala para atendê-lo. Eu já escrevi, em outra história do Blog, que tenho alguns TOCs e que um deles é o de manter a minha mão sempre limpa ou, no mínimo, não babada por ninguém. Eu tava com a baba do cara na minha mão. Quase morri. Deu até taquicardia. Corri para o banheiro e lavei as mãos como nunca. Foi muito nojento. Conclusão? Eu não sei mais o que houve com o cara. Eu não voltei para a sala. Pedi para uma pessoa, que trabalhava comigo, que fosse lá para dizer que tive um problema pessoal e que tive que sair correndo. Ela disse a ele que eu voltaria a procurá-lo. Nunca mais. Socorro. Contei essa história para todos. Show de horror. Nunca mais vi esse ser. Nem sei o que ele disse ao presidente ou se disse algo. E de verdade, não sei qual foi a dele. Ele estava com mau hálito? Ele estava querendo me dar um toque porque achou que eu estava com mau hálito? Ele tava puto porque foi atendido por mim, uma mera, talvez na visão dele, Coordenadora de Marketing? Sei lá. Não vem ao caso agora. Foi repugnante. Só para finalizar...para quem, de repente, tem mau hálito, lambe mão e fica tomando café, achando que o odor vai melhorar, vai uma dica. Antes da dica, tem uma informação importante...depois de mais esse episódio ridículo ocorrido em minha vida, fui entender um pouco mais sobre a “osmologia”, estudo dos odores e aromas. Aprendi o seguinte: o café pode criar uma cobertura na língua que evita oxigenação e ajuda na proliferação de bactérias, que são as maiores culpadas pelo mau hálito. E aí vem a dica...se você tem bafo, vá, urgentemente, a um médico e troque o café por chá, principalmente, pelo chá verde, que faz as bactérias, que causam o mau cheiro, diminuírem. E é essa a singela história de hoje. Como diz o Luiz...”tenho sofrido nessa vida!!!”

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