A busca por uma paixão arrebatadora na Lanchonete da Cidade!
Já
contei a parte séria do almoço feliz que promovi com a minha equipe na última
sexta-feira, dia 27 de julho. Contudo, nem só de coisas sérias vivem os homens.
A gente desempenha uma série de papéis na vida, mas são só papéis. Não dá para
levá-los tão a sério...e nem a vida, pois, com certeza, não sairemos vivos
dela, certo? Aliás, levar a vida de forma leve é o segredo para se viver
melhor, penso eu. Ter medo? Medo do que, de lagartixa, como essa, que vos
escreve, tem? Que nada. O medo paralisa e, muitas vezes, impede-nos de fazermos
coisas que nos fariam muito felizes. Querem um exemplo? O Roberto Carlos tem
uma lagartixa de estimação e é muito feliz por ter esse pet. Tudo bem
que ele é doido, mas é um maluco feliz...e gosta de lagartixas. Há outros
malucos que não podem nem ver esses serem asquerosos. Mas enfim, o lado bom
disso tudo é que há seres humanos, no geral os especiais, que não levam a vida,
nem a serio e nem não a serio, simplesmente, eles a vivem, vivem os momentos
dos quais ela é feita, aproveitam-na e, sobretudo, tem coragem de arriscar. E
no quesito “coragem de arriscar” uma pessoa, que, com certeza vive a sua vida e
não somente a leva, é mestra. Eu já tinha apreendido isso nela, mas na última sexta-feira,
tive a prova. Não sei se ela gostaria de ter o seu nome explicitado aqui no meu
Blog, mas como eu sou do tipo, embora com muito medo dos pequenos sáurios, que
tem coragem de arriscar, vou revelá-lo. Roberta Míra, minha QUERIDA, vou
contar, pra todo mundo, o que você aprontou na Lanchonete da Cidade da Rua
Amauri. Quem mandou se expor na minha frente? Sou uma caçadora de boas
histórias, lembra-se? Não é novidade para ninguém, pelo menos para ninguém que
convive com a Roberta, que ela está em busca de um amor...aquela velha busca,
incessante, das mulheres por um amor verdadeiro. Até aí, tudo bem, que mulher
que não sonha com uma paixão arrebatadora, que se transforme em uma amor
profundo? E até que encontre a tal paixão, vai tentando, vai tentando, vai
tentando com os errados...até achar que achou o certo. Até aí, também
tudo bem. Não há nada de errado nem com a procura e nem com as tentativas e
erros. Mas deveria haver um certo limite. A mulher tem que ter claro para si em
qual segmento irá investir. Até porque, quem atira para todos os lados pode
acertar a pessoa errada e perder a certa. Já tínhamos bebido um pouco, talvez
até um pouco demais...acho até que dá para dar um desconto pra ela...quando a
Robertinha vira para o garçom, que nos atendia desde a nossa chegada, e
pergunta, sem o menor pudor: “amigo, você não tem uns primos lá dentro para me
apresentar?” Lá dentro, pensei! Lá dentro da onde? Ela estava perguntado dos
chapeiros? Será? Era isso mesmo? O garçom, mega inspirado, respondeu: “Primos?
Nossa...o que não faltam são primos...tem um monte de primos meus lá dentro.
Quer que eu peça para eles virem até aqui para você dar uma olhada?” E o que
vocês acham que ela respondeu naquela altura do campeonato? “Claro que quero,
quero sim, mas eles têm que estar arrumadinhos e cheirosos...estão?” “Nossa,
amiga, tem um mais cheiroso que o outro, mandou o cara!” Fiquei imaginando que
bons cheiros poderiam ser aqueles: de batata frita, cheeseburguers, fritura?
Meu Deus! Mas ela não parou por ali...continuou...“então, amigo, pode mandar eles
pra cá, para eu dar uma olhadinha...quem sabe hoje não é o dia de sorte dos rapazes,
né?” E todo mundo riu, claro, o garçom inclusive. Enfim, continuamos a comer,
aquelas batatas com alecrim, maravilhosas, a beber e a falar...contamos nossas
vidas, uns para os outros, rimos muito e também nos emocionamos. As revelações
foram incríveis. De fato, paramos para escutar o que cada um tinha para dizer. E
continuamos naquela toada por mais algumas horas...ou minutos, mas pareceram
horas. Era como se nada estivesse acontecendo fora daquela mesa. Muito simples,
muito espontâneo. Depois de termos comido toda aquela comida, sem conseguirmos
resistir, pedimos sorvetes e milkshakes.
Não teve um naquela mesa que não tenha se atracado com um desses dois. E o papo
continuava. Num determinado momento, percebi que o garçom, aquele que estava
nos atendendo, já não estava mais lá. Tinha outro em seu lugar...todo
arrumadinho...com gel no cabelo...cheiroso? Não sei, pode até ser que estivesse...não
deu para sentir de lá, de onde eu estava sentada. Quando pedimos o café,
apareceu outro ser, diferente dos outros dois, também, todo brunido, de
uniforme novo, penteadinho...cheiroso? Não sei, pode até ser que estivesse, também
não consegui sentir o aroma de onde eu estava. O café veio, nós continuamos
batendo papo, tomamos o cafezinho...até que, infelizmente, chegou a hora de
termos que pedir a conta. Eu mesma pedi a conta, lembro-me. Levantei a mão para
pedi-la quando, adivinhem, não reconheci o novo garçom que apareceu por ali.
Aquilo estava parecendo a peça “O Mistério de Irma Vap”. Era como se o Nanini e
o Ney Latorraca estivessem ali, multiplicando-se em garçons em apenas segundos.
Uma loucura. De qualquer maneira, pedi a conta, para aquele, recém surgido na
cena, profissional do ramo de bar e lanchonete. E vocês acham que esse mesmo último
garçom foi a pessoa que entregou a conta para mim? Claro que não...surgiu um outro
indivíduo, também pitel, todo arrumadinho, atraente, pronto para ser o
escolhido, no panorama. Ele me entregou a conta e se foi. Não preciso nem escrever
o que tinha acontecido ali, né? O cara, o irreverente primeiro garçom, mandou, de
verdade, todos os seus “primos” interagirem com a nossa mesa até que o almoço
acabasse. Foi como se tivéssemos assistindo ao desfile da famosa grife japonesa
“Comme des Garçons”. E a Roberta? Prestou atenção neles? Que nada, nem deu
bola. Acho que eu prestei mais atenção nas performances dos coitados do que
ela. Rô, sua coragem de arriscar já foi boa, mas teria sido ótima se você tivesse ido até o fim com ela. Você arriscou, mas recuou. Como eu já percebi que você não liga
para clusterizações, então, pode ter deixado a oportunidade de ser feliz
escorrer pelos seus dedos. Já pensou nisso? Mas se quiser refletir, posso marcar o nosso próximo
encontro lá mesmo...você me diz, tá? Não tenha medo. Lembre-se...o medo pode nos impedir de fazermos coisas que nos deixariam muito felizes!!!
Hahaha. Adorei!!! A Roberta não existe!!!
ResponderExcluirBeijos