Subjugação em plena corporação!!!

Hoje, num bate papo no final do dia, enquanto esperava minha chefe finalizar um call, ouvi, de um pessoal muito interessante, algumas histórias insólitas. Só não as achei mais desusadas porque, infelizmente, não são histórias irregulares, pelo contrário, ouve-se coisas desse tipo, em organizações, no nosso dia a dia, em nosso cotidiano, todos os dias. Os comportamentos, sobretudo os questionáveis, repetem-se. Por exemplo...a relação hierárquica nas empresas, por algum motivo, estimula a prática da subjugação. Querem símbolo maior de subjugação do que a burca? Começo a pensar que os headhunters têm selecionado, e empregado, executivos do Afeganistão e do Paquistão nas empresas brasileiras. Só pode ser isso. Ainda me assusto, nos dias de hoje, quando ouço as coisas extraordinárias que ouvi hoje à noite...ainda mais quando penso que o mundo corporativo deveria estar descobrindo e valorizando a importância do bom relacionamento, sabendo a importância do trabalho na horizontal e não mais na vertical. A hierarquia de cargos ainda existe, e nem acho que deva deixar de existir, mas em se tratando de relacionamento, todos deveriam ser tratados por igual. Podem ter certeza...quando se vê um bom relacionamento dentro de uma equipe, é porque a liderança é de primeira.

Mas vamos às histórias.

1ª Asneira – Uma pessoa, muito bem intencionada, assistente de quem a demandou, foi chamada e avisada de que uma lâmpada, que ficava em cima de onde o VP se sentava, estava queimada. O RS, prontamente, chamou o eletricista para que a troca fosse feita. Algum tempo depois, já com o eletricista a tiracolo, o simpaticíssimo assistente entrou na sala, onde estava a lâmpada queimada, e perguntou, ao antipaticíssimo VP: “fulano, essa é a lâmpada queimada, certo?” O VP, em seu melhor dia, mandou: “não, RS, são as outras duas que estão queimadas...não está vendo?. Tire todas as outras e as deixe iguais a essa, que não brilha mais. Houve um minuto de silêncio antes da manifestação do eletricista. “E aí, pessoal, o que devo fazer?” O RS, bem calmo, como de praxe, disse: “faça o que ele está pedindo, tire todas as outras lâmpadas e deixe o ambiente mais escuro.” E outro minuto de silêncio rolou, até que o RS se manifestasse novamente...“tô brincado, GF...e continuou: “eletricista, troque apenas a lâmpada que está queimada, ok?” Fantástico você, RS. Que presença de espírito, hein?

2ª Asneira – O mesmo VP, da 1ª asneira, chamou o mesmo simpaticíssimo assistente até sua sala. “RS, disse ele, tenho uma reunião importante daqui a pouco, lá na Paulista, e não trouxe o meu terno.” Ao invés de ficar quieto, pois não tinha o que se fazer naquele momento, o RS, com seu jeito de Lorde Inglês, soltou a seguinte pergunta: “GF, por que você não deixa um terno ou um blazer aqui na AB para ocasiões como essa?” É claro que a réplica viria...e veio. “RS, qual a roupa que você menos gosta de usar?” O RS pensou por algum tempo até que respondeu: “acho que roupa social, GF, por que?” “E você traz esse tipo de roupa para o trabalho e a deixa guardada em seu armário?” Dessa vez, não deu nem para responder, tamanha a insensatez. O RS, simplesmente, deixou a sala e o GF foi, sem blazer, para sua reunião tão importante.

3ª Asneira – Naquele dia, o chefão estava fora. O mesmo VP, da 1ª e da 2ª asneiras, sempre “muito bem humorado”, precisava de uma sala, com urgência. “RS, disse ele, preciso de uma sala. Arranje uma para mim.” Por favor? Nem pensar. O RS, super bem informado, respondeu: “GF, não há nenhuma sala livre aqui no andar. Mas o chefe não está aqui hoje. Você não quer usar a sala dele, já que serão poucas pessoas em sua reunião?” “RS, perguntou o VP, você têm crianças em casa?” O RS refletiu, pensou no que estaria por vir daquele papo e respondeu: “tenho meus sobrinhos sim, GF.” “Pois é, você gostaria de sair de casa e depois saber que seus sobrinhos ficaram usando seu quarto?” Mais uma vez, sem palavras, o RS voltou para o seu lugar, de onde, aliás, nunca deveria ter saído, sabendo que ouviria algum disparate. E o VP, para não usar o "quarto" do chefe dele, preferiu cancelar a reunião.

Depois de ouvir tudo isso e de, agora, ter terminado de transcrever o que ouvi, tendo a pensar que o tal VP deve ter sido rejeitado pela sua mãe na infância. Não pode ter outro motivo para tanto idiotismo. No final do dia, tudo é culpa das mães mesmo, então, vamos acreditar que o GF tenha sido mais uma vítima de uma mãe que tentou acertar, errando...

Comentários

Postagens mais visitadas