Só basta um almoço...é simples assim!
Nada
é impraticável, impossível ou fora do alcance! Esse lembrete é do Mike Dooley,
ex-consultor fiscal, da PriceWaterhouseCoopers International, e um dos
professores apresentados no livro O Segredo. E ele é dono de outros lembretes
também, tais como: “para dominar seus pensamentos e sua imaginação e, por
conseguinte, sua vida e seu destino, é necessário primeiro que você domine seu
capitão – suas crenças.” Crenças? No Wikipédia há uma definição muito
filosófica sobre crenças. Prefiro “crer” que uma “crença” seja algo mais
simples, simplesmente uma ação de crer na verdade ou na possibilidade de alguma
coisa. Mas sem me alongar mais sobre o significado da palavra “crença”, só vale
ressaltar que ela é um sentimento inerente exclusivamente da raça humana.
Acreditamos que algo seja verdade mesmo que não haja provas que confirmem tal
fato. E essas informações internas surgem independentemente da nossa vontade.
Não dizem que carregamos a bagagem daquilo que vivemos? As crenças, com
certeza, estão embutidas nessa bagagem. Mas e daquilo que não vivemos,
carregamos algo? Não sei, pois não sou expert nisso, mas tenho um palpite: se
não vivemos alguma coisa, então, não tivemos como ter essa “falta” registrada
em nosso cérebro. Portanto, o que não foi vivido, em minha opinião, não faz
parte do nosso sistema de crenças. Mas isso é só uma “crença”
minha...rsrsrsrsrsrsrs. De qualquer modo, estou escrevendo esse texto para
contar uma história recente. Na última sexta-feira, chamei toda a minha equipe
para um late happy lunch. Fazia tempo que estava querendo fazer isso. Houve
tantas mudanças na empresa nos últimos meses, e eu estive tão envolvida nelas,
que acabei ficando afastada do dia a dia das pessoas. E eu gosto desse
acompanhamento do dia a dia, gosto mesmo. Gosto, sobretudo, de conhecer as
histórias das pessoas, a forma como pensam, o que desejam, suas expectativas
com relação à vida, suas crenças, conhecer aquilo que elas acham que são
crenças, mas não são, enfim...tenho interesse genuíno pelo outro e acredito
que, no meu caso, esse interesse seja renovado por meio do seguimento do cotidiano
dos seres humanos, sobretudo dos mais próximos. Por isso que, para mim, e é
claro, espero que para eles também, o nosso encontro foi sensacional,
renovador. Éramos, no total, onze. Comemos, bebemos, rimos, emocionamos-nos uns
com os outros. Foi genial. Em um certo momento, propus uma dinâmica que,
basicamente, consistia em “escutar”. Ninguém deve ter se dado conta disso, pois
pareceu que eu tinha acabado de bolar tudo aquilo, naquela hora. Mas, de fato,
estava aplicando um modelo, muito simples,
por sinal, mas um modelo pelo qual já tinha passado em uma outra etapa da minha
vida. O objetivo dessa dinâmica nada mais é do que, ao final dela, fazer com
que os seus participantes consigam responder a seguinte questão: nós ouvimos ou
escutamos? No encontro do meu time, ninguém respondeu essa pergunta no final do
almoço, mesmo porque eu não ditei regras, ninguém sabia de dinâmica nenhuma. Eu
apenas propus que conversássemos, que todos contassem suas histórias, um para o
outro, de modo que todos parassem para “escutar”. Estimulei isso entre eles
porque sei que, infelizmente, a maioria das pessoas só ouve. Escutar abrange
outras coisas que não só a audição, os sentidos. Escutar requer atenção,
compreensão e percepção. O ser humano vive numa eterna procura do que possa ser
melhor para a sua vida. Para tanto, tem que ter uma paixão por si mesmo, não
tem outro jeito. É o famoso Narcisimo, que, segundo Freud, constitui uma parte
de todos desde o nascimento. Em isso sendo um fato, como parar de se auto amar,
de buscar uma vida melhor, e passar a, pelo menos, “escutar” o outro, o que o
outro tem a dizer, a contar? Não é uma tarefa fácil e é por isso que não
podemos nos auto condenar. Mas podemos sim começar, pelo menos começar, a supor
que, para conseguirmos o melhor para as nossas vidas, teremos que prestar mais
atenção na pessoa do lado, a escutá-la e não apenas ouvi-la. Não há nada que
possa ser melhor para as nossas vidas do que a interação com o outro. Eu não
vejo. Então, pessoal, saibam que participaram, na sexta, de algo muito
importante. Independentemente de termos nos divertido, pois nos divertimos
muito, muito mesmo, espero que tenham saído de lá mais preparados para
interagir, de forma ainda mais verdadeira, entre vocês, mais resilientes, capazes
de se adaptar a mudanças, lidar com problemas, resistir à pressão e, acima de
tudo, crentes de que há crenças limitantes, que podem negar o nosso desejo de
mudar. Se vocês acreditarem que seus objetivos podem ser atendidos, nunca serão
levados a inércia. E para finalizar, eu parafrasearei uma pessoa que
conhecemos: “batam papo!” Só que vou complementar a frase dele...“batam papo...e
quando tiverem fazendo isso, estejam atentos, vejam se estão escutando ou só ouvindo!”
Mais uma vez, obrigada por tudo, por todo o companheirismo e trabalho árduo.
Adorei ter estado com vocês. Espero voltar a participar do dia a dia de vocês.
Contem sempre comigo.
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